quarta-feira, 25 de março de 2009

Criança, a Alma do Negócio



Fantástico documentário que encontrei no blog da Leo Burnett Lisboa. O documentário é de Estela Renner e mostra os efeitos da publicidade no comportamento e nos valores das crianças. Filme foi feito em São Paulo com depoimentos de pais e filhos, além de entrevistas com especialistas da área.

O que eu acho disso tudo...

Um pouco alarmista, um tanto simplista, preconceituoso...

As crianças sempre existiram, mas o conceito de infância foi inventado. Agora, resolveram “desinventar”. A mídia, a moda e a publicidade não têm tanto poder quanto atribuem. É simplista demais pensar que as crianças somente reagem ao estímulo da mídia e mais absurdo é pensar que elas crescerão e ficarão ainda piores. São seres humanos não ratos que respondem a estímulos em um laboratório. A modernidade sempre pregou que somos seres pensantes e inventores de nossa própria identidade, na pós-modernidade poderemos provar que de fato o somos, pois estamos nos reinventando.

As coisas não precisam ser como elas sempre foram. Quem disse que o certo é a menina brincar de mamãe e filhinha com a boneca? Por que o celular é coisa de adulto, se há coisas nele que atraem as crianças? Qual a diferença entre desenhar no papel e desenhar no rosto? O mundo muda, a tecnologia avança cada vez mais e as crianças não podem participar disso por quê?


"Quando a gente acha que tem todas as respostas,
vem a vida e muda todas as perguntas ..."


Luis Fernando Verissimo

5 comentários:

Unknown disse...

E aí, a gente se pergunta (e você podia discorrer sobre isso): Quem nasceu primeiro? O homem ou os padrões?

Numa sociedade "laica" (aspas é pós modedrno, você quer dizer mas, nunca diz) estamos sob o aleatorismo do Estado e da Ciência, e o determinismo religioso.

Estamos perdidos. Ou não.

Andrea disse...

Sempre o homem.
O homem é livre e, por não suportar essa liberdade, ele começa a criar padrões, valores e vai se prendendo cada vez mais à cultura. A ponto de ele mesmo acreditar no que criou.

O ser humano é muito estranho e por isso mesmo é encantador.

Andrea disse...

Como diria meu pai:
"Não estamos perdidos, só passeando".
Hehhehe

Luzinha disse...

Eu acho q as crianças da minha época eram mais felizes...viviam mais...brincavam e curtiam mais as coisas simples da vida do que agora...a tecnologia é sim favoravel mais em determinadas idades deveria ser bem limitado...
beijis

miss demoiselle disse...

Na verdade, tudo vai se perdendo. No passeio mesmo. A gente passeia, como diz seu pai, passeia, passeia. E vai descobrindo lugares novos, mais encantadores, mais misteriosos, mais novos. E, um dia a gente percebe o quanto estamos perdidos, o quanto rodamos e chegamos a lugar algum.

O problema é que o poço que estamos cavando hoje é irreversível. Ele nunca será tapado e somente a tecnologia - ela mesma - podera nos ajudar a andar nesse poço que ela nos ajudou a cavar.

É um bem, é um mal. As crianças estão perdidas, adultas, maduras, perdidas. E nós também.

Um beijo